top of page

Kintsugi com cera de abelha: transformando memórias e cacos em arte


Kintsugi com cera de abelha

Sábado de Aleluia minhas amigas e eu fomos passar o dia na Fazenda Santo Inácio em Jarinú, uma cidade do interior muito perto de São Paulo.


Lá fomos fazer um encontro das meninas da B, algumas não conseguiram ir, mas conseguimos juntar 4 de nós na fazenda centenária de Mariângela e Rudy.

Zaïra foi comigo e Luciângela nos encontrou lá.


Nos conhecemos em 1969, quando entramos no Ginásio Estadual Vocacional Oswaldo Aranha.



Sim, há 59 anos!


Muita coisa se passou, caminhos diferentes tomamos. Todas já com cabelos brancos, mas só uma assumiu o grisalho.


No entanto, quando nos encontramos, tudo volta ao final dos anos 60 e seguimos por 70, 80, 90...2025.


Elas são a minhas memórias, minhas lembranças vivas de tudo que foi vivido.


No final da tarde após o almoço, uma taça de cristal foi quebrada. Uma taça de cristal lapidado em forma de tulipa. Super delicada que Mariângela disse ser uma de suas favoritas.


Recolhi os caquinhos, embrulhei em um saco e trouxe para São Paulo com o intuito de fazer algo com ela, tipo um Kintsugi.


O Kintsugi é uma técnica milenar japonesa de juntar as peças de porcelana ou cerâmica usando o ouro e goma laca e assim não esconde as rachaduras, mas ressalta, valorizando a história e a beleza da peça, mesmo após ter sido quebrada.



Como eu não consigo ficar longe da Encáustica, resolvi tentar juntar esses cacos usando encáustica.


Acho que deu certo, e mais certo ainda por virar a lembrança de nosso encontro que dura tanto, que tem rachaduras, tem imperfeições, que já foi quebrada e machucada, mas tem aceitação do que cada uma é e que encontramos beleza e amor nessa junção.



Kommentare


bottom of page